Numa cerimônia realizada no Palácio do Planalto, na tarde desta quarta-feira (28), o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou a liberação de R$ 1 bi para a formação de professores, além da oferta de 190 mil vagas em três programas. No entanto, os recursos anunciados só serão investidos a partir de agosto deste ano – o que pode significar o fim do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid).

Na avaliação da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o programa corre o risco de ser extinto, uma vez que a validade do edital do Pibid e do Pibid Diversidade acaba em fevereiro deste ano e não tem previsão de prorrogação.

“O programa ficará em suspenso por quase um semestre. Um semestre que pode ser a chave para desarticular e desencorajar alunos e professores que dia a dia lutam por uma educação de qualidade, dentro de um processo de ensino horizontal e transparente”, alertou a parlamentar.

Para Alice, apesar do discurso governista de “incentivo à educação”, Temer vem promovendo um verdadeiro desmonte no país e a educação pública não ficou de fora. A deputada classifica ainda de “criminosa” a gestão de Mendonça Filho na Pasta, com suas “reformas”, que não promovem melhoria na qualidade do ensino público brasileiro.

Um abaixo-assinado com mais de 318 mil assinaturas foi entregue ao MEC pelo Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do Pibid (Forbidib). O documento pede a prorrogação do programa até agosto, mas ainda não sensibilizou o governo.

Criado em 2009 e regulamentado em 2013, o Pibid tem por objetivo contribuir com a formação dos discentes nas universidades, integrando os cursos de licenciaturas às escolas. O programa, segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), tem por meta promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas.