O líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP), condenou na noite de terça-feira (15), a brutalidade de Israel contra palestinos na Faixa de Gaza. Na última segunda-feira (14), tropas israelenses mataram dezenas de palestinos que participaram de manifestações na fronteira com Gaza no dia em que os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém. Desde 2014 não havia um embate tão violento na região. De acordo com autoridades do Ministério da Saúde palestino 60 manifestantes foram mortos e 2,7 mil ficaram feridos por armas de fogo, gás lacrimogêneo ou outros meios.

“O que tem acontecido nos territórios ocupados na Palestina é uma violência inominável, brutal. O mundo inteiro acompanhou a repressão que o Estado de Israel ofereceu contra o povo palestino. Muitos chefes de Estado repreenderam a autoridade de Israel pela violência completamente desproporcional utilizada pelas Forças Armadas daquele país. É importante que o governo do Brasil repudie a violência de Israel e renove o seu reconhecimento ao Estado palestino, à autonomia do povo palestino. Que o governo brasileiro exija que o Estado de Israel cesse a agressão que faz contra o povo palestino e que o Brasil se some com as nações que se levantam em defesa da paz, com as nações que defendem a negociação, o entendimento”, disse.

Durante sessão do Congresso Nacional, Orlando também pediu um minuto de silêncio em memória aos mortos na Faixa de Gaza e criticou a ação dos Estados Unidos. O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), acatou a sugestão de Orlando e se prestou a homenagem às vítimas. Segundo o líder do PCdoB, a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de instalar a embaixada americana em Jerusalém foi um dos fatores que detonaram a nova onda de violência.

“Que o Brasil não siga o caminho de Donald Trump, que é o caminho belicista, que é o caminho imperialista, que é o caminho de fazer uma agressão não apenas ao povo palestino, mas agressão a uma cidade, como é a cidade santa de Jerusalém”, afirmou.

Orlando reiterou o apoio da bancada comunista ao Estado palestino e defendeu o ativismo do Brasil na defesa da paz.

Confira a íntegra do discurso.