O início do mês de maio é historicamente marcado pela luta. Conhecido como Dia do Trabalhador, ou do Trabalho, a celebração do dia 1º remonta ao ano de 1886, quando milhares de operários mobilizaram uma greve geral e foram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, para reivindicar melhores condições de trabalho. 

Neste 2018, a tradição de afrontar os patrões e lutar pelos direitos dos trabalhadores através da conscientização precisa ser mantida. Esta é a primeira data alusiva à categoria depois das aprovações da Reforma Trabalhista e da terceirização desenfreada, dois dos principais (de tantos) ataques ao povo brasileiro nos últimos meses.

Para além da destruição dos preceitos trazidos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o que tem se observado no governo ilegítimo de Michel Temer é uma afronta diária à própria Constituição do país, como pontua o líder do PCdoB na Câmara, deputado Orlando Silva (SP).  

“Neste 1º de maio, lutaremos pela democracia, ferida em 2016 com um golpe parlamentar que tem avançado em uma escalada autoritária, chegando ao ápice com a prisão injusta de Lula. O golpe se estendeu também à CLT, quando destroçaram direitos históricos dos trabalhadores brasileiros. Aquela negociação que eles disseram que teria, não existe. Os patrões impõem padrões terríveis para os trabalhadores e seus sindicatos. Lutemos!”, convoca o deputado.

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) ainda destaca que o Brasil está sendo desmontado política, institucional e economicamente, e que a mobilização precisa vir de todos os setores da sociedade.

“Cada dia fica mais clara a necessidade de nos mobilizarmos em torno de um amplo projeto nacional de desenvolvimento, articular amplas forças políticas, e trazer os trabalhadores para serem protagonistas deste caminho. Este 1º de Maio é a oportunidade perfeita para darmos força e vazão a essa ideia”, disse Almeida.

Neste ano, o tradicional evento unificado do Dia dos Trabalhadores em São Paulo terá como alicerce a defesa da democracia, dos direitos, dos empregos, dos salários e das aposentadorias. O ato promovido pelas centrais sindicais ocorrerá na Praça da República, região central da cidade, a partir das 12h.

O evento também será interligado com manifestações por todo o Brasil. As inciativas estão sendo organizadas pela Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Intersindical e movimentos que compõem as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.