Com mais de 2 bilhões de seguidores ao redor do planeta, o islamismo é a religião que mais ganha adeptos. Paralelo a essa realidade a comunidade muçulmana sofre diariamente o preconceito, seja por sua crença ou por sua origem. O representante do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Marcos Tenório (Sayid Ahmad), reafirmou o caráter de resistência de escravos de origem islâmica no Brasil.

“A revolta dos Malês, feita por negros adeptos ao Islã, foi uma das páginas mais importantes na história de luta contra a escravidão”, lembrou Marcos Tenório. Ocorrida em 1835 na cidade de Salvador, capital da então província da Bahia, no Brasil, a revolta contou com mais de 600 pessoas e foi decisiva para a libertação dos escravos.

O Embaixador do Estado da Palestina e Decano dos Embaixadores Muçulmanos no Brasil, Ibrahim Alzebem, fez questão de pontuar a religião do seu povo como difusora da tolerância, do amor e da paz. “Sem distinção entre as pessoas. Este é o verdadeiro Islã, o Islã que nós cremos. Lamentavelmente, alguns grupos deturpam os ensinamentos seguindo um caminho de violência. Expressam o conteúdo de mentes doentes”, disse.

De acordo com a deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), é uma homenagem ao laço da “comunidade histórica presente na nação brasileira, que é a comunidade islâmica”. A parlamentar acrescentou que a solenidade é o reconhecimento da riqueza cultural muçulmana frente aos atos de intolerância crescente no mundo.  

Estiveram presentes diversos representantes de mesquitas e centros islâmicos de vários estados brasileiros, representantes diplomáticos e seguidores da religião islâmica.