A parlamentar diz que a nomeação do general brasileiro Alcides Faria Jr. para ocupar posição hierárquica em unidade operacional do Exército dos Estados Unidos, no Texas, desencadeou inquietação entre os que se preocupam com a soberania nacional e com a paz.

Além disso, está programado o envio de um batalhão de infantaria para exercício no Fort Polk, em Louisiania, no segundo semestre de 2020, exercício que ganhou o nome de operação “Culminating”.

A tropa brasileira (300 a 500 homens) seria enquadrada numa brigada do exército estadunidense. “O treinamento é essencialmente destinado às operações de ocupação, não de proteção de fronteiras nacionais, como seria de interesse para um país como o Brasil”, justificou.

Feghali diz que a expectativa de conflito armado na Venezuela e de iminente intervenção militar comandada e apoiada pelos Estados Unidos alimenta um quadro apreensivo. Somado a isso, ela justificou que a ausência de informações do Ministério da Defesa e do Comando Exército contribui “para amplificar ainda o estranhamento”.

“O silêncio presidencial completou o quadro apreensivo. Os brasileiros foram informados a respeito por meio de uma exposição do almirante estadunidense, Craig Faller, perante o Senado de seu país”, disse.