Apesar da luta dos partidos da oposição, o Plenário do Senado aprovou a urgência para a tramitação da reforma trabalhista na Casa. Por 46 votos a 19, a proposta será incluída na pauta de votações e deverá ser apreciada na próxima terça-feira (11).

Mesmo com o regime de urgência, um acordo feito entre o presidente da Casa, Eunício Oliveira, e os líderes partidários, garante que até o dia da votação todos os senadores possam se manifestar sobre o projeto.

Na visão de Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o único ponto sobre o qual há uma unanimidade entre os parlamentares é a necessidade de ajustes no texto. Para a senadora, em vez de promoverem essas mudanças, os relatores preferiram esperar que Michel Temer vete partes do texto, fazendo com que o Senado abra mão do seu papel de Casa revisora.

“Não há uma alma neste Senado Federal, um senador sequer que tenha coragem de defender o projeto na íntegra, tal qual aprovado na Câmara dos Deputados. Todos falam em necessidade de mudança”, pontuou a senadora.

O regime de urgência segue uma tramitação diferente e limita a ação dos parlamentares da Oposição. Os senadores têm o direito de falar somente uma vez, não excedendo o limite de dez minutos cada. Ademais, são apenas cinco manifestações a favor e cinco contrárias.


Com informações da Agência Senado