Dezenas de gestores municipais estiveram presentes no Plenário da Câmara dos Deputados para cobrar o atendimento de demandas das prefeituras, além de alertar sobre a crise financeira que assola os municípios. A atividade integrou a Mobilização Nacional Municipalista em Brasília em mais uma etapa da campanha ‘Não Deixem os Municípios Afundarem’.

Parlamentares manifestaram apoio às prefeituras, como a líder do PCdoB na Câmara, Alice Portugal (BA). “Temos de defender os interesses dos cidadãos que dependem de serviços essenciais oferecidos pelos municípios. Não podemos defenestrar as prefeituras”, disse a deputada.

Já o Executivo se mostrou totalmente insensível à pauta apresentada. “Numericamente, tivemos uma das maiores marchas de prefeitos a Brasília. Ironicamente, foi o ano em que os prefeitos saíram com as mãos vazias, apesar da grande crise enfrentada. O governo Michel Temer mostra que não se importa com a população”, destacou o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA). 

À frente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski relatou as dificuldades enfrentadas em diferentes regiões brasileiras. “A questão mais séria de todas é a atualização dos programas federais. Há 390 programas criados no Brasil, esse é o problema. É neles que está a situação caótica das prefeituras. Na época em que foram criados, há 15 anos, não se pagava nem 30%, e esse valor nunca foi atualizado. O que está quebrando os municípios são esses programas. Isso é gravíssimo, temos de atualizar esses valores. Chega de transferir responsabilidades sem recursos para pagar", afirmou Ziulkoski.

O presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro, reforçou que a crise não foi criada pelas prefeituras, sendo injusto, portanto, que os municípios paguem por ela. "A Bahia veio em peso, 97% dos prefeitos baianos estão aqui. Queremos socorro da União e ajuda desta Casa Legislativa. Juntos tenho certeza que somos fortes, não sairemos daqui sem defender o povo", disse o dirigente.

Com informações da CNM