No evento, Alice Portugal destacou a situação dramática que passam as universidades e os institutos federais brasileiros, que estão com dificuldades para fechar as contas deste ano. A audiência foi proposta pelo deputado Glauber Braga (PSol-RJ).

“Sou testemunha desse processo de expansão universitária. Com muita honra, fui relatora nesta Comissão de uma série de projetos de expansão e criação de universidades, mas o contingenciamento com a PEC do Teto de Gastos pegou o Brasil de surpresa, nos deserdou e constituiu um impacto, que levará à estagnação”, disse a deputada.

Alice afirmou que é preciso desonerar as universidades e os institutos federais, pois os cortes impactam na oferta de concursos, na assistência estudantil e nas bibliotecas. “Além disso, será recurso a menos para garantir remuneração justa de servidores e docentes que estão sacrificados, com acordos não cumpridos e planos defasados. O MEC tinha de se alinhar com os interesses das universidades e institutos federais e não jogar no time do mercado financeiro. Infelizmente, esse governo ilegítimo acabou levando para o ralo conquistas do povo e da educação brasileira”, destacou.

A mesa de debate contou com a presença do coordenador-geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), Rogério Fagundes; da presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (UNDIFES), Angela Maria Paiva Cruz; do coordenador na Câmara de Administração e Planejamento do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF), Uberlando Tiburtino Leite; do secretário substituto da Setec/MEC, Geraldo Andrade; e do secretário executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), Gustavo Balduino.