Passou a valer, nesta segunda-feira (14), o novo aumento no preço do gás de cozinha — que já virou rotina no governo Bolsonaro. Deputados do PCdoB se manifestaram pelas redes sociais, criticando mais este acréscimo que pesa sobremaneira nas contas das famílias brasileiras, já tão combalidas pela Covid-19, pelo aumento da pobreza e do desemprego e pelo baixo valor do auxílio emergencial.

Para o líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), o elevado preço do gás de cozinha penaliza ainda mais as famílias brasileiras em meio à pandemia. "Não suportamos mais as políticas econômicas equivocadas do governo Bolsonaro. Eles estão acabando com o Brasil. Infelizmente, temos cada vez menos emprego, renda e comida na mesa da população. Teremos de voltar a cozinhar com lenha e álcool? É urgente reverter a pobreza que se alastra", afirmou o parlamentar.

“Defender o Bolsonaro é concordar com o 14º aumento do gás de cozinha que ele acaba de jogar nas costas do brasileiro.  Tem municípios no Acre que a botija vai custar mais de R$ 125”, disse, alarmada, a deputada Perpétua Almeida (AC).

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) também reagiu com indignação. “É surreal! O gás de cozinha aumenta mais 6% hoje (14). Em São Paulo, o botijão já custa mais de R$ 100. As famílias pobres voltaram a usar lenha e até álcool para cozinhar. As que ainda conseguem colocar comida na mesa, claro. Bolsonaro está arruinando o país!”

A deputada Professora Marcivânia (AP) também comentou o assunto em suas redes. "O gás já passando dos R$ 120, estamos nos aproximando dos 500 mil mortos, tento o Brasil uma população de apenas 2,7%, mas responsável por mais de 25% das mortes que ocorrem diariamente por Covid-19 no planeta… Seriam essas marcas que o passeio de motos estava comemorando?!", indagou, em referência à motociata promovida em São Paulo por Bolsonaro neste final semana.

No mês de janeiro, houve reajuste de 6%; em fevereiro, a alta foi de 5,1%. Março amargou mais um aumento de R$ 0,15 por quilo e abril veio com nova alta de 5%. Ao longo dos últimos 12 meses, o gás de cozinha acumulou 17,25% de alta; no mesmo período, a inflação, segundo o IBGE, foi de 3,5%.